sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Superar o Estranhamento é Condição sine qua nom Humana


Conversando com algumas pessoas que certamente pensam diferente de mim, percebi que os termos alienação e ética ainda não foram compreendidos por tais argumentos praticados. Muitas pessoas não conseguem perceber alienação como sinônimo de estranhamento, de alienar-se a outro, nem a ética como ciência ou reflexão sobre o agir humano e moral, contudo, generalizam as categorias etimológica das palavras.

Parece-me que pensar nos dias atuais, tempo de obscurantismo presente e vindouro, tornou-se ultrapassado no conhecimento do ser enquanto pessoa humana. Talvez por isso torne-se quase que impossível para tais seres andantes que na sua grande maioria só conseguem ver a pessoa como indivíduo sem saber que este indivíduo nada mais é que o ser da solidão na vil sociedade do capital.

Na realidade a alienação produzida pela exploração capital torna o ser desligado da realidade por ele incompreendida. Desconfio que este ser alienado só se reconheça na força da exploração e no produzir bens para o fortalecimento daquele que o explora. Pois bem camaradas, a alienação enquanto estranhamento é contingente e terá sempre uma carga de negatividade, portanto, tornar-se-á superável. Mas aí você diz: todos nós somos alienados. É verdade, todavia, a minha alienação nada mais é que a exteriorização positiva das relações de produção e com isso necessária.

Pensar que certos seres jamais chegarão à conclusão do duplo aspectos do trabalho no sistema capitalista é por demais traumático para alguém, como eu, que ver a ética como reflexão do agir humano e não do bem em si, mas do para si na coletividade, ou seja, saindo do particular para o não mais particular. Na realidade produtiva do capital podemos perceber o ser criador de valor de uso e o criador de valor de troca, este último predomina o trabalho estranhado, onde ele tudo produz e de nada ou quase nada se apropria. Assim, o ser que produz carro na grande maioria das vezes anda de coletivo e por aí vai se fortalecendo a mais valia de Marx.

Faz-se necessário compreender o devir ser como uma antologia social numa posição teleológica da causalidade natural para a concretude da causalidade posta, onde existe a interferência do ser determinando a realidade posta, portanto, esta alienação torna-se insuperável. Ou seja, a partir de uma certa matéria natural o ser influencia diretamente no resultado da construção da realidade posta, desta feita minimizando o estranhamento social criado pelo próprio homem na convivência social.