Grande parte da classe empresarial, que sempre se beneficiou das ricas verbas estatais, hoje deseja imprimir uma visão distinta de suas práticas cotidianas e pregam o impedimento da Presidente Dilma Rousseff que, infelizmente, fez muitas concessões aos gananciosos das benesses públicas e que na fragilidade governamental tais permanentes beneficiários exigem a saída da presidente Dilma, não por se comportarem contrários à corrupção, mas por acreditar em reduzir as possibilidades da política se fazer no seio do povo, aqueles que têm maior necessidade de apoio gerencial do estado.
A contradição é tamanha que eles afirmam nas mídias de que a presidente Dilma não tem mais condições de governar o País, todavia, propagam à meio mundo de que o governo Petista deseja transformar o Brasil numa Venezuela. Difícil acreditar que tais pessoas em sã consciência falaria tamanho absurdo. Se a presidente Dilma não pode gerenciar mais o país, como poderá Dilma transformar a economia brasileira de exploração capital numa economia estatal?
Devemos observar com atenção os interesses da classe que rege a sociedade capitalista, detentora de privilégios capitais e que muitos dos que compõem a eterna dominação capital não abrem mão de exclusividades. Não podemos compreender como alguém que se apropria da força de trabalho do proletariado e da mais valia, por ele produzida, seja incapaz de possibilitar aos produtores da riqueza da nação o desejo do consumir capital?
Não acredito que o mal gerir atual seja apenas incapacidade governamental, pois o mesmo governo foi, num recente período, muito elogiado pela mesma classe que hoje deseja impedi-la de permanecer comandando às ordens das urnas. Não, ninguém deixa de ser capaz da noite pro dia e perde sua capacidade de gerir e manter os privilégios da classe dominante do país Brasil.
Impedir o governo atual de prosseguir no comando da nação não é uma ação tão republicana e democrática. Mas o que é mesmo democracia?