sábado, 12 de outubro de 2013

As Crianças e a Rebeldia Juvenil sem a Real Presença do Estado


Quando criança, ouvia como muita frequência as pessoas adultas dizerem que nós e a juventude, seriamos o futuro do país. Naqueles tempos tudo era mais simples e as relações mais confiáveis, por isso passei a acreditar que eu e meus amiguinhos seriamos os futuros administradores do progresso. O progresso aconteceu com certa rapidez e se quer percebemos a celeridade dos acontecimentos efêmeros, voláteis. Será que naqueles lindos tempos já existiam as falácias predominantes do agir humano atual?

Não entendi porque hoje, depois da derrubada do golpe militar, da anistia estabelecida, do desejo de construir coletivamente a democracia, negaram o direito do sonhar com o próspero amanhã. Será que com o ECA, promovendo a liberdade juvenil, nega as potencialidades do ser, acontecer na essência humana? Não permitiram o acesso aos deveres das crianças, e a Rebeldia Juvenil que em formação, perderam o sentido do crescer responsável. Acreditar que tudo é possível sem formação concreta, é perder-se nas ilusões fantasmagóricas das frustrações. E de repente os horizontes estão distantes e a violência tomou conta do agora provocando o medo social.

Com o fim da família propalado por muitos. Eu particularmente prefiro, o advento das novas relações familiares, onde o tempo tornou-se inimigo do conviver e dos prazeres humanos, o bom dia e abraços reais passaram a ser vigiados e virtuais. Tempo da modernidade em que o Estado Burguês quase sempre nega suas obrigações sociais, não promovendo os direitos às famílias de ir ao trabalho sem a preocupação com os filhos socialmente atendidos e bem cuidados. Promove projetos paliativos, sem vinculações com o aprender a ser e fazer. Tempos em que para muitos, os cadernos e livros foram substituídos pela tecnotrônica global e sem cultura local. Socializaram na maioria das crianças de escolas públicas, o “desaprender” tático do escrever e a ignorância e desrespeito pelos livros recebidos.

Queria mesmo era ver todas as crianças com direitos a chorarem sem as compensações de trocas imediatas. Viverem a liberdade de ir a Escola e aprenderem a fazer acontecer as bases do seu amanhã. Acreditarem nos Sonhos e serem Felizes!

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