sexta-feira, 31 de maio de 2013

As Paixões e o Egoísmo Humano Determinam o 'Leviatã'


        Uma das características primordial da humanidade moderna capitalista é formatada na concepção de que os seres humanos nascem livres para no seu individualismo, estabelecer a hierarquia de poderes e egoísmos. Não podendo viver harmonicamente em sociedade, uma vez que a liberdade individual estabelecida não compreende a democracia como poder universal.

         Por conta de tal liberdade e egoísmo individual, a sociedade moderna se declara impotente para viver em sociedade, onde os interesses particulares sobrepõem a convivência coletiva estabelecendo assim total e absoluto caos, gerando uma violenta e apaixonada guerra na convivência humana, mesmo sendo considerada essencialmente cristã.

       A incapacidade de sociabilidade coletiva impõe autoritariamente um “Leviatã”, (um monstro mitológico, bíblico) ou o Estado como soberano controlando o estado de natureza humana, onde “o homem é o lobo do próprio homem”, segundo Thomas Hobbes, para que não aconteça o fim da humanidade. Depois de uma longa e histórica caminhada o homem se encontra isolado em seus devaneios e sem a menor condição de realização de projetos coletivos. Estabelece um pacto pela sociabilidade humana.

      Diante de sua impotente condição ético social e, sedento da ordem hierárquica, uma vez que não seja possível o prazer da convivência humana, este homem moderno delega poderes ao Estado, que irá controlar seus desejos e emoções, evitando assim as arbitrariedades individuais, para viver sob a tutela de um “governo soberano” que lhe impõe condições hostis, mas necessárias para o seu reconhecimento.

        A santa ingenuidade moderna padece suas agruras nas mãos da classe política dominante e reclama a falta de ética e da moral estabelecida na sociedade contemporânea. Mesmo assim, vive elaborando quiméricos e instantâneos projetos de salvadores da pátria e, escolhendo quase sempre uma falsa representatividade para a sociedade que a cada momento nas líquidas relações modernas, cria um novo 'Deus'. Talvez por falta ou excesso de credibilidade nas transcendências, na mitologia e na ação potente governamental.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Interpretando o Artigo de Flávio Morgenstem: “Marilena Chaui e o grito primordial: “Eu ODEIO a classe média!”


       O artigo do Flávio Morgenstem publicado no blog 'Implicante' é por demais fundamentado, representa os atuais padrões acadêmico com suas citações. Entretanto, o senhor Flávio Morgenstem acadêmico de letras na USP se auto intitula “quem não aprendeu dizer 'amém' aos conceituados professores da cátedra”. Ao meu ver já representa uma certa imaturidade ou rebeldia sem causa. Filho de classe média que não produz a riqueza e age com certo preconceito com aqueles seres declarados ideológicos na defesa dos menos favorecidos socialmente, se não vejamos, a carga de suas palavras: “A professora de filosofia petista da USP Marilena Chaui, que possui alguma competência na exegese de filósofos há muito observadores do sol de outros mundos, é conhecida por sua visão marxista de conceitos, palavras e categorias. É uma manipuladora competente de termos com grande carga psicológica para sua platéia.”

         É bom lembrar o título de seu artigo intitulado, Marilena Chaui e o grito primordial: “Eu ODEIO a classe média!”. Por ser natural da classe média e, diga-se de passagem, muitos que a compõem são improdutivos e gastam seu dinheiro em férias no exterior, portanto deixando de contribuir com o desenvolvimento das empresas e dos trabalhadores que geram riquezas para o país. Parece que ele esquece que ainda no comunismo primitivo, onde o homem era apenas caçador e coletor iniciou a divisão social da história e que o termo classe social advém da revolução industrial capitalista ainda nos idos anos de 1780 com a Primeira Revolução Industrial. Todavia é bem verdade que Marx ao analisar a exploração do homem pelo o homem na sociedade do vil metal, dá uma nova conotação ao termo.

        Não gosto da dicotomia terminológica de esquerda e direita. Todavia vamos verificar o artigo do Flávio Morgenstem quando ele cita “Sobra, então, apenas a tal “consciência de classe” (cada vez mais importante para marxistas), que vira aqui, na verdade, inconsciência – incapacidade completa de perceber a realidade a que seus termos juram que fazem alusão. Perdidos no reino abstrato de palavras que apenas sentimentalmente parecem ter alguma semântica científica, como “classe trabalhadora”. Flávio Morgenstem se mostra reacionário e mantenedor do Status quo, uma vez que não visualiza a classe trabalhadora como força motriz da história, talvez pelo termo ter sido criado por Karl Marx, que em sua teoria fazia defesa efetiva a classe trabalhadora, considerando-a de revolucionária, portanto transformadora, coisa que neste artigo sua “raiva” ideológica não o deixa perceber. Ele ainda cita, “Não é por outra razão que o filósofo marxista argentino Ernesto Laclau, à guisa de exemplo, inverte o tal motor da história, e diz que é o próprio discurso de classe que gera a classe social, sob status quo como afirma que a”democracia” é um “significante vazio”, ao qual o partido revolucionário pode atribuir o sentido que bem lhe convenha. O que, afinal, é exatamente o que acontece.” A sociedade capitalista que se diz democrática ainda não assimilou a essência do termo democracia, talvez por não lhe interessar e promove uma 'capenga' sociedade cidadã com democracia representativa, onde o povo que delega nada pode.

        E Flávio Morgenstem continua, “O objetivo da esquerda é encerrar o debate político, depreciando seus adversários como algozes.” Já falei anteriormente que não gosto da denominação dicotômica de 'esquerda e direita', mas os poderosos que antecederam o ex-presidente Lula (PT) e a presidenta Dilma Rousseff, não costumavam abrir diálogos com a população que a tudo assistia calada, sem voz, sem reconhecimento, e também estava dividida por grupos todos aqueles que ainda não tinham sido conquistados (abduzidos) pela força midiática do poder. O mesmo poder midiático aguerrido que o senhor Flávio diz ser contra sumidades como Lula e alguns outros do PT, se utiliza de uma 'linguagem educada', 'polida' ao fazer críticas, nada mais natural para a tal “mídia hegemônica burguesa” que sempre sobreviveu das benesses dos governantes de plantão, se utilize de argumentos civilizados e palatáveis em respeito ao povo que lhe dá ibope. Acredito que os direitos sejam iguais numa sociedade dita democrática.

       Em sociedade não existe vácuo social e portanto, todos os seres humanos são dotados de uma ideologia, seja ela dominante ou representada pela força libertária em defesa dos oprimidos, das minorias. É provável que alguns ainda estejam no senso comum, mas descobrindo o caminho do bom senso. E quando se busca conhecer as teorias, certamente existirá as abstrações.

      Caro Flávio Morgenstem, me permita tratá-lo assim, em seu artigo intitulado “Marilena Chaui e o grito primordial: “Eu ODEIO a classe média!”, o senhor faz o uso de termos que segundo o professor Filósofo Luiz Felipe Pondé, são 'modernos' marxistas, portanto reacionários. As classes sociais são criações da hierarquia capitalista e existem desde a mais tenra idade moderna. Portanto quando o senhor diz “ao tratar pessoas como “classes” é mais fácil odiá-las”, nada mais é que uma retórica. Pois a sociedade capitalista que se apropria da força produtiva do trabalhador, patrocina a hierarquia social e dissemina o individualismo, e tal categoria “individualista”, facilita a violência urbana e poderá chegar ao ódio.

         A jovem democracia brasileira se fortalece ao garantir as manifestações sociais das 'minorias' em suas caminhadas e passeatas. Entretanto muitos ainda não compreenderam que a nova realidade, onde a tecnologia se faz presente rompendo as fronteiras, determinando novos conceitos de vida social e uma parcela significativa da sociedade ainda não se ambientou da realidade tecnotrônica de diferentes padrões da convivência humana. Não acredito aqui senhor Flávio Morgenstem, que exista nos “movimentos gay” pessoas interessadas em escolher “o melhor Jesus gay do ano” como o senhor cita textualmente. Tenho consciência de que o senhor também é sabedor de que grande parte da “comunidade gay” é conservadora e professa uma religião, portanto esqueça essa de falar que tais pessoas sejam intolerantes. Também não posso negar que a intolerância faz parte dos conceitos das desigualdades humanas. O senhor ainda fala de como as religiões são tratadas nos jornais. Creio que tem consciência de que o Brasil é um país Laico e a laicidade não é a ausência de religião(ões), mas o direito de todos (as) Cidadãos(ãs) proferirem a que melhor lhe convém e, até mesmo o direito de não escolher nenhuma delas.

    Volto a citá-lo “Felizmente, ninguém que escapou da gaiola epistemológica da esquerda sai por ai a proferir:”Eu odeio pobres! Pobres são atraso de vida, são a estupidez, a ignorância!”. Ainda bem que o senhor Flávio Morgenstem pensa assim, pois o ódio nada mais é que um sentimento menor e doentio. Eu particularmente prefiro a “Amor”, este sim, é um sentimento sublime e quero aqui citar um grande ilustre mestre da filosofia medieval, Santo Agostinho, “Ame e faça o que quiser.”


http://www.implicante.org/artigos/marilena-chaui-e-o-grito-primordial-eu-odeio-a-classe-media/

sábado, 25 de maio de 2013

Rebeldia Juvenil


       O passar do tempo, no avançar da idade, é limitar as lides numa complexa e dolorosa acomodação? Lembro-me da minha utópica adolescência por demais irreverente trilhando as asas da liberdade nos mais belos sonhos, no questionar das coisas prontas. O despertar juvenil apareceu em mim tal qual os raios solares se apresentam cotidianamente no horizonte. E a busca pelo conhecer torna-se absoluta e incontestável na febril ingenuidade.

         O caminhar adolescente é revolucionariamente inconteste no florescer bravio das utopias, exposto as intempéries temporais e na firmeza das incertezas, desafiando o tempo das esperanças nas permanentes tempestades. O dizer não tá na ordem do dia, contrariar padrões socioculturais é que é legal. Subir nas árvores das descobertas representa o clímax masturbatório das longas permanências no banheiro, compartilhando o prazer no explorar da fértil imaginação.

         Negar as afirmações permanentes dos pais é revelar-se nas ideologias libertárias? Ideias novas, meio que antigas, mas se revelando contraditoriamente na construção efetiva dos sonhos de uma nova realidade, parece-me bastante revolucionário. As lutas estudantis secundárias, mais tarde o universo ao seus pés na Universidade, os trotes estudantis e a militância política querendo transformar a caquética realidade.

         O tempo passa e nos tornamos conservadores das ilusões no campo da rebeldia. Já nos permitimos com migalhas do poder oficial. Fazemos parte da maturidade nas esperanças de que o amanhã, será amanhã. Apenas curtimos “A Maçã” do eterno Rual Seixas na efetiva e teórica razão do ter. E como bem disse o grande sumido poeta da humanidade, Belchior: “Apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nosso pais.”

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sócrates e a Busca do Conhecimento


      Nascido em Alopeke, Atenas; filho de Sofronisco, escultor e de Fenareta, parteira, Sócrates foi um grande marco na filosofia, a ponto de dividir a história desta em pré-socráticos, referindo-se ao amplo e diversificado grupo de filósofos que o precederam.

      Tudo o que dele conhecemos advém dos escritos de seus discípulos, nos quais as diversas imagens congruem para um homem que gostava muito de escrever e que fazia-o de modo diferente, buscando a essência de todas as coisas.
       A máxima de sua vida, “só sei que nada sei”, transformou-o num homem ímpar para quem a virtude estava na busca da Verdade, do homem e do conhecimento. Para ele, este não saber configura-se como a certeza de que nenhuma das convicções humanas pode apresentar-se como a Verdade. A consciência deste não saber implica que ele estava na verdade, diferentemente de todos os outros inconscientes desta condição.
         A rejeição da sociedade provocará a sua condenação.
     Na busca da verdade, Sócrates estabeleceu alguns critérios para o pensamento filosófico, construindo um método que ficou conhecido como a maiêutica socrática. A ironia é a parte inicial onde as definições são esvaziadas através do questionamento de seus conceitos. A consciência da ignorância desperta a vontade de saber.
        Sócrates coloca o homem na dimensão da racionalidade de permanente busca de conceitos absolutos, da Verdade. Era necessário, também ao homem, o conhecimento de si mesmo, o desapego às riquezas, honra e prazeres, volta-se para a análise de si mesmo, de sua consciência, para descobrir-se ignorante.
         Sócrates opunha-se aos sofistas que recebiam por seus ensinamentos e que relativizavam o conhecimento como opinião.

terça-feira, 21 de maio de 2013

A Escolha, Será Livre?


       O mundo das oportunidades se apresenta a você que está na área complementar da efetivação. E num “Leve vacilo juvenil”, deixa escapar entre os dedos o desejo de ser. Contudo a escolha nada mais é que algo pessoal que se deve ou não incluir na vida. Determinadas escolhas não precisam ser de domínio público, mas sempre existem as críticas externas quase que determinando o seu desejo particular.

      Não basta fazer ou deixar de efetuar o desejo oportuno, é preciso consciência no sentido de evitar interferências do arrependimento futuro, que por alguns momentos aparecem disfarçados de remorsos. As escolhas feitas a nível pessoal, na maioria das vezes traduzem particularidades específicas conquistadas e devem ser respeitadas, uma vez que a exterioridade não deve determinar, a priori, o fazer particular.

         É verdadeira a afirmativa do poeta de que “nenhum homem é uma ilha” e se a coletividade representa o desejo do todo em sociedade, ainda temos muito a conquistar na exploração hierarquizada das manipulações dominantes. E neste momento as decisões particulares conscientes representam por demais o fortalecimento do bom senso, o que já basta no desenvolvimento educacional e social. Enquanto ser humano que somos, não podemos estar atrelados apenas ao ouvir, a práxis instantânea da emoção.

       Também é verdadeira a poesia do inesquecível Raul que diz, “Faça o que quiseres, pois é tudo da lei”, entretanto ainda somos aprendizes de anarquistas na etimologia da palavra, uma vez que o vil metal precariza as consciências educacionais numa comovente espetaculização do individualismo, do “levar vantagem em tudo”. Todavia devemos objetivamente agir conscientes, sem negar responsabilidades particulares e coletivas no aprimorar da nova luta abolicionista e cantar “Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós”.

domingo, 19 de maio de 2013

O Acordar Real de uma Quimera


       Incomoda por demais, vivenciar meus ideais políticos ideológicos encurralados nos tabuleiros administrativos do capital sem fazer sequer uma simples crítica às posturas adotadas. Nos anos 80 e 90, construímos na lide coletiva a quimera brilhante de alternativa social. Entretanto o poder chegou às lideranças e com ele a acomodação do desfrutar as benesses do capital. As benesses do capital me abduziram, e agora José? Não tenho como voltar.

       Hoje combalido e sem ilusões vivo as reminiscências através dos históricos vídeos tapes e atuais movimentos que por contrariedade se posicionam instantaneamente favoráveis aos trabalhadores. Criou-se socialmente um fragmentário isolamento no seio libertário e as lides passam por conceitos burgueses, delicados e sem dialética coletiva.

       As ferramentas de lutas de outrora vivem atreladas às badaladas concentrações do poder, e suas lideranças reféns da fisiologia governista, gananciosa, sem ética e moral. É triste vivenciar o fortalecimento de ações pessoais na base governamental, oponente apenas por interesses imediatos e eleitorais.

         Portanto, os partidos que se dizem representantes do povo precisam rever conceitos e ideologias para fortalecer as estruturas do poder das massas, ou eternizar-se como “marionetes” da direita estratégica, que corrompe ideologicamente as mentes libertárias. Pra não viver apenas palavras do poeta de que “Meu partido é um coração partido, e as ilusões estão todas perdidas” precisamos de concretas ações libertárias e coletivas, do contrário,“os meus sonhos foram todos vendidos”.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A Rebeldia “Impositória” da Base Governista


       O Brasil conhece muito bem as artimanhas políticas fisiológicas do PMDB, mesmo assim o PT preferiu caminhar junto, acreditando em fidelidade, algo desconhecido das praticas de grande maioria do partido. Quando interessa, a fidelidade fisiológica se faz presente. Mas não se pode contrariar interesses particulares das suas múltiplas estrelas. Enquanto isso o PT segue perdendo espaço importante no gerenciar do capital e refém de articulações individuais.

        O governador carioca, Sérgio Cabral (PMDB), ameaça romper aliança caso o PT lance candidatura ao palácio das laranjeiras e, existe pretensões do Senador Lindbergh Farias (PT) aspirando e embolando o meio de campo da arranhada aliança, porém tentando unificar o partido. Cabral pretende lançar seu atual vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e não aceita imposição externa. Caso o PT aceite estará perdendo importantes espaços no gerenciar capitais em nome do Planalto central.

        O Palácio do Planalto viveu tensos momentos no durante a votação da MP que regulariza os portos na pessoa do PMDBista Eduardo Cunha, que desafiou a aliança em nome do fortalecimento da barganha pelo Pezão. Agora aparece o vice presidente Michel Temer (PMDB) exalando ironia e propondo candidatura própria para o Palácio do Planalto. Será que o PT, diante dos fatos, irá continuar com a aliança de uma base fragmentada e descompromissada?

Alternativas Petistas 2014


         Todos os prognósticos apontam para a reeleição da Presidenta Dilma Rousseff (PT) com possibilidades amplas de uma vitória ainda no primeiro turno, mesmo disputando com os pretensos candidatos, Aécio Neves (PSDB-MG), Eduardo Campos (PSB-PE) e a brava Marina Silva que luta incansavelmente para implantar a Rede.

       Esperamos que ela consiga, pois assim, a disputa torna-se-ia mais empolgante. Todavia é bom lembrar que tais índices refletem os dias do hoje e não podemos ignorar o centralismo do Planalto Central e sua inabilidade política, apesar de fatiar o poder com a chamada base aliada, que em determinados momentos, nega projetos governamentais.

        A falta do “jogo de cintura” com a bicameralidade provoca uma dúvida no seio do Partido dos Trabalhadores, uma vez que o governo optou por se aliar aos gananciosos parlamentares e suas insaciabilidades por emendas pessoais. Deveria mesmo era fazer ampla convocação de apoiamento ao povo.

        Tal realidade aliada às “andanças” do ex presidente Lula e sua forma fácil de comunicação com a massa, provoca em setores e correntes do PT a possibilidade de lançá-lo como candidato natural do partido. Mas isso não tiraria o direito natural de reeleição da presidenta Dilma? Acredito que diante dos acordos aliancistas, a candidatura do ex presidente Lula, seria viável no jogo momentâneo das habilidades de aglutinar aliados.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O Antagonismo Político e as Acomodações Parlamentar


       Em seu artigo intitulado Tasso Jereissati e o Antagonismo Político, publicado hoje no Jornal o Estado, o competente analista político, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, relata o (re) surgimento do senhor Tasso Ribeiro Jereissati (PSDB - CE) como força potencial na disputa eleitoral de 2014. Representante nato das oposições, e arquitetando palanque para a candidatura potencial a presidência de Aécio Neves (PSDB – MG). Não se pode negar a capilaridade eleitoral do senhor Tasso Jereissati, principalmente no interior cearense. Porém é bom lembrar o PSDB enquanto partido no Ceará, padece do “nanimismo” e pega carona governista nas ondas dos palácios da Abolição e do Bispo.

        Tarefa árdua para Luiz Pontes (PSDB) que não tem a habilidade política da co sanguinidade e está há muito sem mandato político, algo que o distancia mais ainda das pretensões partidárias mencionadas no artigo. Talvez exista em Tomas Figueredo (PSDB) uma tímida liderança na capital, mas fazer frente ao mandato do prefeito Roberto Cláudio (PSB), acho pouco provável. Contudo não se pode esquecer de resgatar os parlamentares PSDBistas comodistas que desfilam no parlamento local e estadual com a sofística oposicionística. Difícil mesmo será a árdua tarefa de trazer para o ninho dos tucanatos os atuais representantes da sigla, que se quer foram ao encontro...

        Vejo com preocupação a coligação PSDB com o PR dos senhores Roberto Pessoa e Lúcio Alcântara, uma vez que o PR tem laços políticos a nível nacional com o PT e no plano local, seus vereadores, tem posições meio favoráveis ao prefeito Roberto Cláudio, o que confundiria muito a cabeça do eleitorado.

        Também acredito em candidaturas alternativas de caráter esquerdista com sustância aglutinadora de votos, se não vejamos, os resultados das últimas eleições municipais, coisa que não se pode ignorar. Todavia devemos apostar e assistir ao debate no embate eleitoral.

A Hipocrisia Dominante Freando Avanços Sociais


       Parcela significativa da dominação hierárquica da sociedade, que determina desejos e vontades desde a invasão portuguesa no Brasil, sente-se contrariada com a ascensão da classe trabalhadora nos poderes representativos da sociedade Brasil. Aqueles que expropriam terras indígenas, negam direitos aos trabalhadores, devastam a natureza, sentem-se “doloridos” quando se diz ou faz algo que contrarie suas aspirações mercantis.

         Há muito, vivemos uma realidade crítica onde as políticas que deveriam ser públicas, precariamente atendem às necessidades do povo menos favorecido. A educação permanece num estágio de latência social com a saúde estagnada e fila nos corredores intermináveis, onde pacientes agonizam sem atendimento de qualidade e quando os órgãos governamentais buscam alternativas de políticas públicas com intenção de minorar tal situação, a elite tenta confundir o povo brasileiro, comparando a competente formação acadêmica de médicos em Cuba, com os “cursos” de férias feitos no Paraguai.

        Isso acontece porque eles têm planos de saúde e dinheiro para fazer tratamento fora do Brasil. E fazem uso da falaciosa alegativa de que a vinda de médicos cubanos para o país seria uma exploração escravista dos profissionais, além de ser uma questão ideológica. Ora, senhores das “verdades absolutas do capital”, todos os seres com capacidade de discernimento sabem que as ações humanas são ideológicas. Portanto, permitam as ideologias contrárias, uma vez que se intitulam representantes mor da democracia.

        Se tais categorias estivessem vindo dos Estados Unidos, não seria também ideológica? Desta feita, com certeza, não incomodaria, pois tal ideologia lhes representa.

         Fomentar a dialética social e respeitar as adversidades deveria ser uma práxis social no seio das contradições humanas.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

As Dores do Conhecer


        O mundo capitalista nas suas reais intenções de comando das ilusões, permeia as mentes das massas esperançosas que findam como manobra das engrenagens dominadoras, mas que suaviza as agruras da lide cotidiana, fazendo uso da sofística no round das potencialidades representativas.

        De um lado a elite transvestida de democracia delibera direitos parciais visando o sagrado retorno no momento eleitoral e dominando as falácias no campo do convencimento, traz para si parte das ferramentas de lutas da classe trabalhadora, que deveria negar acordos provocantes das desilusões transitórias.

       Não se pode negar ao trabalhador o desejo de conhecer a realidade capitalista, que agoniza em suas últimas ânsias, entretanto em seu deleite provoca o sofrimento, a dor daqueles que fazem e não podem se quer apropriar-se do que produziu. Que explora sutilmente para deturpar a inércia social. Constrói palácios e arenas usando o dinheiro do povo honesto e entrega para empresas privadas administrarem como se somente eles (elite) fossem capazes de mover as ondas ilusórias de um swell. Chamam isso de parceria público privada?

       Por visualizar conscientemente as estratégias dominantes e não me fazer presente nas cirandas fantasmagóricas do vil metal, padeço diante dos profetas da revolução, o mais profundo isolamento do conhecer. Coisa pra incomodar aos aprendizes do totalitarismo que nem se apercebem do imbróglio vexatório absorvido. Assim falou o poeta William Shakespeare: “To be, or not to be, that is the question”.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

… E a luta, Continua...


       Venho aqui na virtualidade declarar a mais completa solidariedade e apoio aos combatentes profissionais da educação de Caucaia, que ora se encontram numa batalha do “rochedo contra o mar” por valorização profissional e, parabenizar as “Meninas” que fortemente comandam os servidores através do Sindicato dos Servidores Público - Sindsep. 


      Acreditamos no aprofundamento do diálogo permanente e, no bom senso do senhor prefeito, Dr. Washington Gois por uma relação amistosa, respeitosa e de qualificação do servidores municipais, pois os resultados de uma administração está diretamente relacionado à satisfação de seus servidores.

         Já temos algumas conquistas, de forma tímidas, mas efetivas, e não se pode negar. Todavia os compromissos acordados e assinados precisam ser mantidos para que o compromisso dos profissionais da educação sejam transformados revolucionariamente numa educação de qualidade, tenho como horizonte um povo culturalmente desenvolvido e consciente de seus direitos e deveres socialmente éticos.

     Ponderação e serenidade é preciso num momento conflitante e esperamos tal comportamento tantos dos condutores do processo (gestor e sindicato) e da categoria como um todo no sentido reto da vitória...

terça-feira, 7 de maio de 2013

Alianças X Ideologia


       É melancólica a situação vigente quando se trata de representatividade, tanto em nível de estado como de nação. O egoísmo predominante faz desaparecer toda e qualquer migalha de ideologia coletiva, em nome de “projetos” pessoais, sem vinculações sociais. Esse é um fato real do passado que permanece nos dias atuais, talvez por conta da fragilidade ou ganância do poder pelo poder. E ainda se negam alterar a política vigente, promovendo um grande desânimo naqueles que apostaram num ideal transformado em falácias fantasmagóricas, estereotipadas e agora vivenciam os acordos direitistas e distanciados das necessidades imediatas dos povos.

        Com a ascensão do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder central do Brasil, os sonhos pareceram mais próximos do real, numa união de apoiamento do povo ao seu governante maior, Luiz Inácio Lula da Silva, isso a priore, porque na realidade vivenciamos mesmo foi a valorização da união de significativa parcela das elites com o governo e sindicatos. A esperança que antes vencera o medo, tem promovido um assistencialismo permanente à massa como nas velhas práticas de dominação, sem no entanto promover a libertação de seu povo. Não sou contrário a política assistencialista das bolsas, cotas, etc. & tal, uma vez que a dívida social para com os pobres é bem maior, todavia, minha vó já dizia que: “não se deve dar o peixe e, sim, ensinar a pescar”.

        Parece-me que as lutas por liberdade e a construção da sociedade de novo tipo, está sempre adiada. Permanecer com o poder tem fragilizado as ideologias libertarias em nome da governabilidade central. O poder como instrumento de libertação de um povo é por demais necessário, mas não se pode negar questões imediatas com soluções paliativas e o fortalecimento do inimigo. Socialmente sem representação estão os direitos que deveriam sem humanos. A negligência dos grandes Partidos como PT, PMDB, PDT e PSDB deixaram de lado uma das mais importantes comissões de uma sociedade democrática. O chamamento do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD) para uma fatia governamental, é ao meu ver, uma mostra cabal da fragilidade aliancista.

        A busca incessante pelo poder afasta de si aliados históricos e permite aproximação de pessoas “fisiológicas”, “oportunistas”. Nas últimas eleições em Fortaleza o poder central fez “corpo mole”, uma vez que se tratava de aliados e o velho PT. O processo foi muito tenso e propostas partidárias negadas, saindo assim fortalecido o governador do estado, Cid Ferreira Gomes (PSB) que estrategicamente, de imediato, se declara favorável a reeleição da Presidenta Dilma Rousseff (PT), tornando as lideranças petistas locais reféns e “descanteando” o PT de quaisquer pretensões sem seu aval. Cala-se o que poderíamos chamar ideologia e brada fortemente aos quatro cantos o desejo esmagador do senhor governador.

        Faz-se necessário e urgente uma reflexão sobre determinadas alianças partidárias, priorizando as “ideologias” libertárias e uma representatividade capaz de responder coletivamente o social.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

A Força da Anticultura


       Ando meio que cabisbaixo com a realidade cultural brasileira. Não estou negando a força cultural daqueles que lutam cotidianamente pela manutenção e seu fortalecimento, mas peço-lhe um pouco de atenção para as negações das negações que em nada representa a educação. Muitos fazem de tudo para aparecer na TV. Ser sucesso ou ter seus 15 segundos de fama, tanto faz. O que realmente importa é a visibilidade. Todos somos capazes de fomentar algo para desenvolver o potencial individual e, isso caracteriza relativamente as bases do capital.
      A anticultura patrocinada pela força do capital tem alterado a índole social que até então era por demais conservadora. Agora, significativa parcela da população acredita que os reais valores comportamentais foram exterminados pelo modismo da sensualidade. Muito frequente ver e ouvir o senso comum “desfalecer” de dor cultural, mas cair na galera fazendo “quadradinho de oito” como coisa natural. Parece-me que o bom senso adormeceu na madrugada e fragilizado, permanece embriagado.
        Longe de mim querer ser representante da “Opus Dei”, mas é bastante difícil compreender que “muito já foi feito”. E não compreendido, me questiono se vale o que virá. A desesperança social tomou conta da cidade através da incapacidade gerencial de prover o mínimo necessário a manutenção do propalado bem estar social. Tal desespero instintivo e efervescente despe-se momentaneamente da razão educacional e fortalece os desejos arcaicos de dominação, presa fácil da perpetuação hierárquica.
        Embriagado pela mídia burguesa que sempre leva vantagens, segue a massa desprovida da “consciência”, sem cobrar dos gerentes de plantão suas responsabilidades sociais e adere instintivamente à onda oportunista que não educa para a vida. Contudo, segue o sonho de que um dia teremos sim um estado forte que cuide de seu povo, dando condições dignas de vida, respeitando as pessoas e promovendo às crianças uma educação integral e de qualidade para que o futuro seja brilhante, sem excesso de violência e pessoas capazes de escolher de fato seus reais representantes.
        É difícil aceitar a amnésia adormecida da consciência “opositória', o chamado emotivo para o povo acordar. Sabiamente disse o poeta: “Como é difícil acordar calado, se na calada da noite eu me dano”, meio que “atordoado eu permaneceu atento” e apostando num despertar consciente sem a hipocrisia vigente, com a solidariedade humana e internacionalizada, independente de etnia, credo e transcendência...

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Primeiro de Maio e a Nova Ordem Relacional


            Desde as lutas pelas oito horas de trabalho por dia no século XIX, tendo como ponto de partida as manifestações de Chicago, muito se conquistou, todavia ainda desfila nos tabuleiros das explorações as precariedades “high tech'.
     Difícil compreender que durante a longa caminhada pelas transformações das condições de vida dos trabalhadores explorados de forma global, ainda se constata pessoas sendo assediadas pela força dominante de que o mercado de reserva amplia ainda mais as características das explorações desumanas.
            A sociedade das tecnologias instantâneas parece-me ter robotizado as esperanças contraditórias do vil metal e implantado nas mentes libertárias as limitações humanas de um mundo intranet. Ligaram-se as redes e ampliaram as desigualdades numa internacionalização plena de precariedades.
           As lutas por melhoria de trabalho, as manifestações reivindicatórias sócio-econômicas e as críticas às estruturas capitalistas implantadas inicialmente por ideologia anarquista/comunista foram vitais na sensibilização dos direitos e consciência dos trabalhadores. Entretanto o mundo virtual predominante da robótica, alterou a ordem reivindicatória apenas por um espetáculo fascinante do lazer e a quimera de renovar as força das baterias relacionais.